OBJETIVO: Avaliar os resultados da derivação esofagogástrica no câncer avançado do esôfago. MÉTODO: Foram estudados de forma retrospectiva 24 pacientes com carcinoma epidermóide de esôfago nos estádios III (66,66%) e IV (33,34%), submetidos à derivação esofagogástrica através da construção do tubo gástrico isoperistáltico da grande curvatura pela técnica de Postlethwait. RESULTADOS: Quanto à morbidade e mortalidade, os pacientes de média etária de 41,8 anos e linfócitos acima de 1.500/mm³ demonstraram taxas de complicações pós-operatórias inferiores àqueles com média de 54,09 anos. A fístula da anastomose, embora seja considerada comum (15 casos - 62,50%), apresentou evolução benigna e ocluiu espontaneamente em 14 casos. Não houve qualquer tipo de complicação cirúrgica pós-operatória em cinco casos (20,83%), o tempo médio cirúrgico foi de 285,77 minutos, e a mortalidade operatória de sete casos (29,17%). A sobrevida foi 4,19 meses. CONCLUSÕES: Em vista da ocorrência de complicações, que determinam altas taxas de morbidade e mortalidade, o tubo gástrico isoperistáltico é um método de tratamento cirúrgico que deve ser dirigido a pacientes selecionados, em especial àqueles com número alto de linfócitos e idade mais baixa.
BACKGROUND: Evaluation of esophageal gastric derivation with isoperistaltic gastric tube in advanced esophageal cancer. METHOD: Twenty-four patients presenting esophageal squamous cell carcinoma classified as stage III (66.66%) and IV (33.34%), were submitted to an esophagus gastric derivation through the construction of an isoperistaltic gastric tube of the large flexure, using the Postlethwait's technique. RESULTS: Patients with a mean age of 41.8 years and lymphocytes above 1,500/mm³, showed less postoperative disorders than those with a mean age of 54.09 years. Anastomotic fistula, although considered normal in 15 cases (62.50%), presented a benign evolution and spontaneously healed in 14 cases. No postoperative complications were observed in 5 cases (20.83%) and mean surgical time was 285.77 minutes. Survival rate was 4.19 months. CONCLUSIONS: In spite of high morbidity and mortality rates the isoperistaltic tube is a surgical procedure that must be suggested to well selected cases, specially those with a great rate of lymphocytes, low mean age and in cases where anastomosis fistula has a benign evolution.